Esta é uma das três casas museu existentes em Mostar. Todas elas são idênticas em estilo e tema: residências construídas durante o período de ocupação otomana, testemunham hoje sobre o que foi a vida quotidiana, privada, familiar, daquela época.
A Casa Muslibegović está aberta a visitantes entre os dias 15 de Abril e 15 de Outubro, todos os dias da semana, entre as 10 da manhã e as 6 da tarde. Mas tem uma particularidade: é simultaneamente um hotel.
Se é uma boa ideia? Talvez na teoria, mas na prática parece-me estranho: quando o visitante entra é logo avisado que esta e aquela área, esta ou aquela porta são reservados aos hóspedes do hotel. Bom, do ponto de vista de quem visita o museu não é tão importante. Já se sabe desde logo que não poderá vasculhar todos os compartimentos da casa e pronto. Mas para quem está hospedado deveria ser uma coisa pavorosa, a toda a hora pessoas a subir e descer escadas, certamente que muitos deles tentando, por descuido, entrar nos quartos… mas a acreditar nos comentários providenciados pelos clientes, o hotel é mesmo assim um grande sucesso.
Visto de fora é discreto. Uma parede alta, um portão de madeira. É preciso tocar, esperar um pouco até que o trinco abra a porta. Compra-se o bilhete, ouve-se uma explicação sumária e logo se é deixado na tranquilidade da casa. É obrigatório tirar os sapatos à entrada.
São algumas salas, as outras, como vimos, estão reservadas. Não é muito, talvez o bilhete esteja um pouco caro (não me recordo com exactidão e não encontrei o valor na Internet, mas era algo como… 3 Eur…?). A casa vê-se num instante. Dez minutos chegarão para meter o nariz nas poucas divisões abertas aos visitantes do museu.
São espaços recheados com mobílias e artefactos da época otomana. Há um par de manequins vestidos a preceito. Sinceramente, não é uma visita entusiasmante. De entre as três casas museus será a minha preferida.
