1 – Ainda não existe uma invasão de turistas

OK, é verdade, se o viajante se limitar a visitar o centro histórico de Sarajevo e Mostar, encontrará muitos turistas. Mas basta desviar-se um pouco do centros dessas duas cidades e deixará de os ver. Se sair para fora delas, então é mesmo muito pouco provável que se cruze com outro estrangeiro. Muitas pessoas não se importam de partilhar os locais com outros turistas, mas para aqueles para quem isto é um problema, a Bósnia e Herzegovina é talvez o melhor país da Europa.

2 – É económico

É ainda muito económico viajar neste país. Claro que os pontos mais turísticos praticam preços mais em linha com o panorama ocidental, mas no seu todo é um país onde os valores são muito agradáveis. Isso aplica-se aos transportes, aos bens vendidos em mercados, aos restaurantes locais, às bebidas como a cerveja.

3 – A Natureza é Maravilhosa

A Bósnia e Herzegovina é um país pouco povoado. Isto ajuda à existência de um universo natural quase virgem, sem grande interferência do ser humano. Além disso é um país geograficamente variado: há belas montanhas que potenciam a caminhada e, no Inverno, a prática de desportos de neve; as florestas são magnificas, especialmente no Outono, quando a folhagem tinge lentamente a paisagem com as cores quentes características dessa altura do ano; há rios de águas bravas e límpidas, onde se pesca e se pode descer os rápidos em ousadas jornadas de rafting. Enfim, para o amante da Natureza é um dos melhores destinos da Europa.

4 – É um Cocktail Cultural

Neste país encontra-se uma fronteira entre três mundos: o Oriental, trazido até às portas da Europa pelo Império Otomano, que aqui deixou a sua influência em quase tudo – arquitectura, gastronomia, costumes – especialmente nas áreas muçulmanas do país; o Ocidental, gravado em amplas zonas da Bósnia pelos austríacos, que ocuparam a região desde meados do século XIX até ao final da Primeira Guerra Mundial; e o Eslavo, encontrando-se nas áreas sérvias, muito ligado à Rússia, pela religião cristã ortodoxa, pelo alfabeto cirílico e pela cultura, de uma forma geral. O viajante só pode beneficiar na sua experiência com esta multiplicidade. É o chamado três em um.

5 – Riquíssimo Património Histórico e Cultural

Por tudo o que já foi escrito neste artigo, o património histórico e cultural da Bósnia e Herzegovina é fascinante. A globalização total encontra-se ainda a uma certa distância destas paragens, e quando se visitam cidades como Jajce ou Travnik, tropeça-se em locais que, sendo noutros países já teriam sido convertidos em parques de turistas, mas que por ali fazem simplesmente parte da cidade, como se de uma simples esquina se tratasse. É fácil entrar-se por acaso numa cidadezinha de que nunca ouvimos falar e descobrir um interessante centro histórico encimado com um fascinante castelo medieval. A História é profunda por aquelas paragens e todos os cruzamentos culturais criaram um universo com muito para oferecer.

6 – A Comida

É de novo a posição estratégica da Bósnia e Herzegovina: cruza-se a tradição gastronómica turca com as práticas da Europa Central e um toque de cozinha mediterrânica. Mas não são só as receitas. A qualidade dos géneros alimentícios é geralmente elevada: num país onde as grandes superfícies comerciais não têm ainda lugar os bens são orgânicos sem que muitas pessoas se apercebam que os há de outro género.

7 – É Central

Apesar de não ser fácil chegar ao país de avião (por exemplo, nenhuma das grandes companhias low cost voa para a Bósnia e Herzegovina) o país ocupa uma posição central, sendo perfeito para incluir numa viagem mais ampla ou para combinar com um dos países vizinhos, como o Montenegro, a Croácia ou a Sérvia.

8 – Vai desaparecer… em breve

A globalização e o turismo de massas não perdoam. É uma questão de tempo mas tratarão de destruir quase todas as razões apontadas neste artigo. Muitas pessoas pensavam que deveriam viajar a Cuba antes que tudo mudasse… e talvez a maioria tenha esperado de mais. Fazer o mesmo com este diamante em bruto que é a Bósnia e Herzegovina será um erro idêntico.

 

 

 

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Conheci a Bósnia-Herzegovina e o Montenegro em 2011, apesar de já ter ouvido muito sobre o país através do meu vizinho e amigo Vedo. Desde então regressei várias vezes, apaixonado pelo tom misterioso de um país que será talvez o menos visitado da Europa. Acabei por ser convidado pela The Wanderlust para organizar expedições à Bósnia e Herzegovina e Montenegro, tornando-me, por assim dizer, um profissional de viagem à Bósnia e Herzegovina.

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