Esta casa localiza-se em Mostar, numa pequena rua um pouco afastada do centro histórico. Não é fácil dar com ela, mas o esforço vale a pena.
A Srª Kejtaz costuma estar presente para receber as visitas. Ou ela ou o irmão, mas enquanto ela fala inglês fluente, ele, nem por isso. Vive ali ao lado, numa casa vizinha à propriedade que a sua família detém há centenas de anos e onde decidiu criar um museu da vida quotidiana nos tempos otomanos.
Guia os visitantes pela casa, contando histórias, partilhando memórias, ensinamentos adquiridos através das suas avós. Explica o funcionamento da moradia noutros tempos, a forma como se encontrava dividida entre aposentos femininos e masculinos, como o posicionamento das janelas e dos muros preservava a privacidade dos residentes.
Não é uma casa grande. Sozinho, o visitante não precisaria de mais de dez minutos para percorrer as divisões que fazem parte da exposição. Mas na companhia da Srª Kejtaz o tempo alonga-se. A conversa é boa, e se o visitante se interessar existirão imensos tópicos a explorar.
As divisões da casa estão decoradas como nos velhos tempos, claro, transmitindo uma sensação de conforto e de bom acolhimento. Há trajes tradicionais pendurados em cabides, instrumentos de trabalho expostos, discretamente, nos seus devidos lugares.
Terminada a volta, se não houver mais gente a chegar, pode-se ficar um pouco mais à conversa. Se tivermos sorte existirá uma bandeja com copos de refresco de rosa preparado pela proprietária da casa. É delicioso! Para quem preferir, poderão estar disponíveis copos de aguardente, uma bebida algo diferente mas igualmente recomenda.
A casa não tem um horário de abertura muito estrito, mas deverá encontrá-la aberta dentro das horas mais razoáveis. Não existe um bilhete. Mas é esperada uma doação por parte dos visitantes. Vale a pena.