Esta fonte localiza-se numa praça (os habitantes de Sarajevo conhecem-na como “a praça dos pombos”) em posição central da Bašcaršija, o coração histórico de Sarajevo. É uma área cheia de vida, com cafés e lojas – infelizmente mais destinadas aos turistas – a rodear a praça, que é dominada pelos pombos que ali vivem.

A Fonte Sebilj foi construida em 1753 por Mehmet pasha Kukavica, com inspiração numa fonte de pedra existente em Istambul.

Quando estava em uso era operada por uma série de pessoas que trabalhavam por detrás dos painéis de madeira, servindo pelas janelas água a quem por ali passasse e a pedisse. Estas pessoas recebiam uma gratificação pelo seu trabalho, mas quem consumia a água recebi-a gratuitamente.

Note-se que “Sebilj” é uma palavra de origem árabe que significa literalmente “caminho”, mas que é usada de forma figurada para algo que seja benigno como… uma fonte.

Foi remodelada várias vezes ao longo da sua história. Em 1852 o fogo que lavrou pela Bašcaršija, semeando uma destruição terrível,  consumiu a fonte existente no local. A actual, localizada um pouco acima da posição original, foi reconstruida em 1891 pelo arquitecto checo architect Alexander Vitek, num estilo pseudo-mouro.

Foram feitas pelo menos três réplicas desta fonte: uma foi oferecida à cidade de Belgrado, onde ainda se encontra; outra, pode ser vista em Saint Louis, Missouri; e uma terceira existe em Novi Pazar, na Sérvia.

É um local ideal para sentar um pouco observando a vida local que ainda por ali subsiste, apesar da pressão do turismo. As pessoas sentam-se nos degraus da fonte, conversando, petiscando. Outras alimentam os pombos. Gaiatos jogam à bola um pouco acima. Recomenda-se passar uns bons minutos a relaxar por ali.

Muita gente pensa que a lenda que fala numa fonte cuja água liga o destino do visitante a Sarajevo, trazendo-o de volta à cidade ao longo da vida, diz respeito à Sebilj. Mas não é verdade. A fonte que tem esse efeito encontra-se junto à mesquita Gazi Husref beg.

 

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Conheci a Bósnia-Herzegovina e o Montenegro em 2011, apesar de já ter ouvido muito sobre o país através do meu vizinho e amigo Vedo. Desde então regressei várias vezes, apaixonado pelo tom misterioso de um país que será talvez o menos visitado da Europa. Acabei por ser convidado pela The Wanderlust para organizar expedições à Bósnia e Herzegovina e Montenegro, tornando-me, por assim dizer, um profissional de viagem à Bósnia e Herzegovina.

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